terça-feira, 18 de agosto de 2009

Anil: 231 anos de história!!!

"A geração dos Pires toda nasceu aqui no Anil." Assim seu Miguel Arcanjo Pires, nascido em 1924, explica a origem da comunidade de Anil. Segundo seu Miguel, Os Pires, uma família de origem portuguesa, chegaram ao Ipu no ano de 1777. De lá alguns deles saíram para a Serra da Uruburetama e outros para a Serra de Meruoca. Chegando à Gameleira, perto do boqueirão de Sobral, uma das filhas dos Pires se casou com Domingos Jesuíno; outra, acompanhada de um irmão, seguiu para a Serra de Meruoca, casando-se mais tarde com Alexandre Ferreira. O casal fixou residência no sítio Bom Jardim, próximo ao Sítio Monte Alegre. Em 1778, outra família, a família Costa, se fixou no Sítio São Rafael e se arranchou debaixo de uma pedra de onde saíam para caçar e colher frutos. Nessa época não havia muita água e eles então desceram uns montes e avistaram um arvoredo bem verde com água. Vestidos de branco, para facilitar a visibilidade em alguma eventual perseguição, "os Costas" esfregaram as folhas desses arvoredos em suas roupas e perceberam que delas saía um pigmento de cor azul, correspondente ao "Anil". Eles então tingiram todas as suas roupas e quando alguém indagava sobre os “Costa”, as pessoas respondiam que eles estavam no Anil, referindo-se ao arvoredo. Dessa forma a comunidade que se formou nessa localidade recebeu o nome de Anil. Contudo, somente em 1966 o lugar começou a crescer e as pessoas a morarem mais próximas umas das outras, formando um pequeno povoado, influenciado basicamente pela criação da associação comunitária, pelo trabalho em grupo e com a destinação de alimentos pela casa paroquial de Meruoca à população do povoado em troca do trabalho no roçado e da construção de casas e em suas reformas. No início de sua criação, a comunidade de Anil fazia azeite de mamona e japecanga (cesto), e cortava o mato paco pau e vendia sua fibra. A planta de Anil, que dera nome à localidade, hoje raramente é encontrada nesse lugar, devido sobretudo ao desmatamento e à falta de conhecimento da população sobre sua cultura e sua origem. Atualmente a população de Anil vive do setor primário (agricultura, com o cultivo de milho, arroz, feijão, mandioca e banana, e pecuária, criação de porcos, galinhas, entre outros) e terciário (atividades ligadas ao comércio e a prestação de serviços, sobretudo à prefeitura).

A sede de Anil fica a aproximadamente 6 km da cidade de Meruoca e ainda não é oficialmente um distrito, pois o processo que regulariza sua situação ainda tramita na câmara municipal de Meruoca. Dispõe de um posto de saúde, duas escolas municipais (Manuel David e Beatriz de Sanford Frota), uma FM alternativa, uma casa de farinha comunitária, vários pequenos estabelecimentos comerciais, um clube de dança, uma espaço recreativo, uma padaria, duas igrejas (uma católica, outra evangélica), entre outros pequenos empreendimentos.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Tremor de terra volta a assustar população de Anil e região!!!

A terra voltou a tremer em Anil e em toda região da serra da Meruoca na última semana, deixando a população bastante assustada. O tremor, ocorrido na sexta-feira (30/07), por volta das 17:36 hs, atingiu uma intensidade de 3,6 graus na escala Ritcher, segundo a Defesa Civil do Estado do Ceará. Várias pessoas ficaram com medo de que todo o pavor ocorrido no inicio do ano voltasse a acontecer. Contudo, não foram constatados danos que comprometecem as edificações do distrito. Todavia, várias pessoas ficaram assustadas, evitando entrar em suas casas, com medo de que a terra voltasse a tremer. A defesa civil comunicou que esses tremores são normais e que provavelmente voltarão a acontecer.
População assustada mostra danos causados pelos tremores.
O que tem causado esses tremores?
Segundo os cientistas da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e da UEVA (Universidade Estadual Vale do Acaraú), que estudam esses tremores, o que tem lhes ocasionado é uma possível falha geológica existente na região. Falha esta que pode está ligada às conhecidas na região (Sobral-Pedro II e Café-Ipueiras). Porém, afirmam que é necesário um estudo mais aprofundado para se ter certeza de que está provocando esses tremores. Os cientistas das duas universidades instalaram alguns equipamentos na região para estudarem melhor esses fenômenos.
O que fazer no caso desses tremores voltarem a ocorrer?
Primeiramente saia de casa, pois é perigoso que esta venha a desabar. Em seguida vá para um local seguro, de preferência a céu aberto, para que não seja atingido por nada. Fique tranquilo e espere o momento de medo passar para poder voltar para casa.